terça-feira, 4 de agosto de 2009

CSN pode ser multada em até R$ 50 milhões por vazamento no Paraíba do Sul

A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) pode ser multada em até R$ 50 milhões pelo vazamento de óleo que atingiu o Rio Paraíba do Sul, nesta segunda-feira (03). A secretária estadual do Ambiente, Marilene Ramos, esteve hoje, em Volta Redonda, para acompanhar pessoalmente a vistoria dos técnicos ambientais do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), órgão executivo da secretaria, que busca identificar o tipo de produto que vazou da tubulação da CSN. Até o final da tarde a substância, que teria desaguado do setor de carboquímicos, ainda não havia sido identificada.

Marilene Ramos classificou o episódio de lamentável. Ela afirmou que a empresa sub-avaliou a ocorrência e demorou a acionar o Serviço de Operações de Emergência do Inea, que funciona 24h, mas só foi notificado do acidente pela população na tarde de segunda-feira. Por isso, a empresa será severamente punida. Como não há sinais de contaminação de mais gravidade, como mortandade de peixes, a captação de água do rio para fins de abastecimento não foi interrompida.

Duas possibilidades estão sendo avaliadas para a origem do vazamento: uma fissura no tanque que acondicionava o combustível e o defeito de uma das válvulas de um dos dutos. Marilene Ramos assegurou que não houve necessidade de fechamento de nenhuma unidade da empresa.

Equipes da Gerência de Qualidade da Água (Gequam) do Inea coletaram amostras de água e de sedimentos de vários pontos do rio em Volta Redonda e municípios vizinhos, e também do rio Guandu, a fim de identificar a substância e avaliar o risco que o material representa. Os resultados devem sair em 48 horas.

- Por enquanto, os resultados dos testes já realizados não mostram problemas de qualidade da água. Os parâmetros estão dentro da resolução Conama – afirmou a secretária.

Equipes de analistas ambientais do Inea permanecem de plantão dentro da siderúrgica e na saída do emissário onde farão revezamento para vistorias visuais durante toda a noite a fim de assegurar que o vazamento está efetivamente equacionado. O tanque do setor de carboquimicos, de onde se supõe que vazou o combustível, foi totalmente drenado e lavado, o que, em princípio, teria reduzido o fluxo do vazamento.

Próximo a saída do emissário, os técnicos observaram a formação de manchas escuras nas margens do rio, que caracterizam a presença do óleo. A CSN instalou quatro barreiras, sendo duas de contenção e duas de absorção, de modo a minimizar as conseqüências do derramamento.

No início de julho, a CSN foi multada em R$ 450 mil por poluir o ar com material particulado - carvão principalmente, CO e CO2 - proveniente do alto forno 3 da indústria em Volta Redonda, no dia 30 de junho. O acidente ocorreu porque uma válvula de segurança (blizer) da fábrica foi aberta lançando um pó preto por cerca de três minutos que cobriu o Centro da cidade.

A empresa entrou com recurso com base nos artigos 61 e 62 da Lei 3467- que dispõe sobre as sanções derivadas de condutas lesivas ao meio ambiente - dentro do prazo previsto e aguarda decisão do Conselho Diretor do Inea quanto às justificativas apresentadas.

Fonte: Ascom SEA

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