
"O mundo hoje enfrenta desafios ambientais que exigem respostas dos governos municipais. É preciso pensar globalmente e agir localmente e vice-versa", diz Sérgio Leitão, diretor de Políticas Públicas do Greenpeace.
O debate sobre mudanças climáticas, por exemplo, se trava no âmbito da ONU. No entanto, o estado da Califórnia e a cidade de Nova Iorque adotaram políticas ambientais locais de mudanças climáticas que contrariam a posição do presidente Bush, que se recusa a adotar metas de redução de emissão de efeito estufa e não assinou o protocolo de Kioto.
"O estabelecimento de Planos Municipais sobre Mudanças Climáticas, com metas de redução de emissões de gases do efeito estufa e eficiência energética pode ajudar a suprir a falta de vontade do governo Lula de adotar medidas concretas para resolver a crise do clima", diz Leitão.
Incluir questões ambientais nas agendas políticas dos municípios não significa necessariamente fazer grandes investimentos. Entre as propostas do Greenpeace, muitas, como a exigência de comprovação da origem e legalidade da produção das madeiras compradas pelos órgãos públicos, só dependem de boa vontade política para serem implementadas.
"O importante é cobrar que prefeitos e vereadores incluam o tema meio ambiente em todas tomadas de decisão", avalia o diretor do Greenpeace.
O documento redigido pelo Greenpeace será encaminhado aos candidatos a prefeito das principais capitais do Brasil. Os eleitores poderão entrar no site http://www.greenpeace.org/brasil/plataforma2008 e enviar a plataforma para seus candidatos. Além disso, os internautas poderão fazer sugestões para serem incluídas no documento. "Nosso intuito é fomentar a discussão para que todos os setores da sociedade cobrem dos políticos um compromisso com o meio ambiente".
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