quinta-feira, 21 de maio de 2009

Os edifícios devem mudar para alcançar as metas globais de energia


O relatório “Transformando o Mercado: Eficiência Energética em Edifícios” (“Transforming the Market: Energy Efficiency in Buildings”), lançado no dia 27 de abril pelo Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável (WBCSD, sigla em inglês), mostra como a utilização da energia em edifícios pode ser reduzida em cerca de 60 por cento até 2050 – o que é essencial para alcançar as metas globais de mudanças climáticas. Porém é necessária uma ação imediata para transformar o setor.

Esta é a mensagem central da publicação, um projeto de pesquisa com custo de US$ 15 milhões e duração de quatro anos, que se tornou no mais rigoroso estudo já realizado sobre o assunto. O lançamento ocorreu durante o Fórum & Exposição de Eficiência Energética Global ("Energy Efficiency Global Forum and Exposition"), em Paris. O relatório também será lançado em Washington, nos Estados Unidos, e em Pequim, na China.

De acordo com o presidente do WBCSD, Björn Stingon, "a eficiência energética está tornando-se rapidamente e de forma definitiva numa das questões do nosso tempo, e os edifícios são um dos maiores entraves existentes. As edificações utilizam mais energia do que qualquer outro setor e, como tal, são um dos principais colaboradores para as alterações climáticas".

"A menos que haja uma ação imediata, milhares de novos edifícios serão construídos sem qualquer preocupação com a eficiência energética, e milhões de edifícios ineficientes já existentes permanecerão utilizando mais energia do que o necessário em 2050. Agir agora significa reduzir seu consumo de energia e fazer progressos reais no controle das alterações climáticas”, afirmou Stingson.

"O mercado por si só não será capaz de fazer as mudanças necessárias. A maioria dos proprietários e ocupantes dos edifícios não conhecem o suficiente e não se importam o suficiente sobre o consumo de energia, o que é reforçado com a inércia do pressuposto de que os custos são demasiadamente altos e a economia muito pequena. É por isso que estamos pedindo esforço maior, e mais coordenado e global sobre o tema. Com a criação deste esforço poderemos cortar emissões ao mesmo tempo que estimulamos o crescimento econômico", finalizou.

O projeto teve uma abordagem de mercado orientada para a compreensão das barreiras para um menor gasto de energia. A utilização da energia por tipo de construção foi analisada em função dos milhões de edifícios novos, dos já existentes e dos projetados para 2050, levando em consideração diferenças como o clima e o design. Através do uso de simulações no computador, os pesquisadores foram capazes de mostrar a resposta do mercado às diversas combinações financeiras, técnicas, comportamentais e de opções políticas, identificando a melhor combinação para alcançar transformação para cada mercado estudado. O relatório resultante do projeto faz seis recomendações principais:

1- Reforçar a construção dos códigos e rótulos de energia a fim de aumentar a transparência;
2- Utilizar subsídios e preços compatíveis para incentivar investimentos energeticamente eficientes;
3- Incentivar uma abordagem integrada e inovadora do design;
4- Desenvolver e utilizar tecnologia avançada para permitir comportamentos que reduzam a energia;
5- Desenvolver mão-de-obra apta para reduzir energia;
6- Mobilizar uma cultura atenta pra os gastos de energia.

A versão impressa e em outros idiomas do relatório estarão disponíveis nos próximos meses. O documento na versão online em inglês pode ser acessado em: http://www.wbcsd.org/Plugins/DocSearch/details.asp?DocTypeId=251&ObjectId=MzQyMDY

Fonte: Assessoria de Imprensa do CEBDS

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