segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Lixo flutuante começa a ser retirado da Baía de Guanabara

Pelo menos 280 quilos de lixo - 150 quilos de pneus e madeiras, entre as quais alguns móveis; 25 quilos de garrafas PET; 38 quilos de frascos; e 70 quilos de lixo orgânico - foram coletados nesta segunda-feira (04/08), no primeiro dia da operação de retirada de lixo flutuante da Baía de Guanabara. A ação, que passa a ser permanente, foi coordenada pelos secretários estaduais do Ambiente, Marilene Ramos, e de Transportes, Júlio Lopes, e pelo presidente da Serla, Luiz Firmino. A operação tem ainda apoio da Capitania dos Portos e da concessionária Barcas S/A.

Todo material recolhido foi levado para a ecobarreira do Cais do Porto, onde será separado por cooperativas de catadores para reciclagem. O lixo flutuante é o principal responsável pelas panes nos motores das embarcações que fazem o transporte marítimo de passageiros. Esses incidentes acabam provocando atrasos e transtornos no transporte da população. Segundo levantamento da Agetransp (Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes Aquaviários, Ferroviários, Metroviários e de Rodovias do Estado do Rio de Janeiro), desde 2002, cerca de 40 incidentes marítimos aconteceram na Baía de Guanabara em decorrência do lixo flutuante.

Só na manhã desta segunda-feira, as equipes da Serla que estão efetuando a retirada da sujeira das águas da Baía de Guanabara, encontraram 15 pneus velhos em uma pequena ilha, que fica em frente ao Cais do Porto. Próximo ao Canal do Cunha, foram encontrados plásticos, garrafas PET e pedaços de isopor.

Segundo o presidente da Serla, Luiz Firmino, há dejetos que levam mais de 100 anos para serem degradados. O tempo de decomposição de um pneu, por exemplo, é de 600 anos e de uma garrafa plástica, é de 400 anos; e de uma simples tampinha de garrafa, 150 anos.
- Muitas vezes, as pessoas jogam lixo em terrenos baldios, pensando que esses detritos permanecerão no local. Na primeira chuva, esses entulhos são levados para os rios, obstruindo travessias e bueiros. É importante que a população se conscientize e nos ajude nessa ação, não jogando lixo nos nossos rios e lagoas – disse Firmino, acrescentando que a operação de retirada de lixo flutuante irá beneficiar cerca de 90 mil pessoas que utilizam o transporte marítimo diariamente – informou Firmino.

Sobre a despoluição da Baía de Guanabara, Marilene Ramos reiterou que o programa está avançando. Recentemente, foi inaugurado o tronco coletor de esgotos do Centro da Cidade, que passou a levar para a ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) de Alegria, 1 milhão e 100 mil litros de esgoto por segundo que, antes, eram despejados na Baía de Guanabara sem qualquer tratamento.
Ascom das secretarias do Ambiente e dos Transportes

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