quinta-feira, 4 de junho de 2009

Uerj inaugura Ecomuseu da Ilha Grande

A Universidade do Rio de Janeiro (Uerj) inaugura amanhã, Dia Mundial do meio Ambiente, Centro de Estudos Ambientais e de Desenvolvimento Sustentável da Universidade (Ceads), na Vila dos Rios, lado oposto à Vila do Abraão, na Ilha Grande. O Ecomuseu está estruturado em cinco núcleos principais: Museu do Cárcere, Centro de Informações, Parque Botânico, Casa da Vila e Centro Multimídia. A abertura do museu é a concretização da primeira fase do projeto, cujo orçamento total é de R$3,5 milhões. A cerimônia de inauguração será às 16h30 e contará com a presença do governador do Estado do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho, e o secretário de Ciência e Tecnologia, Alexandre Cardoso.

A coordenadora do projeto do Ecomuseu, professora Míriam Sepúlveda, destaca que o resgate histórico dá o tom fundamental dessa primeira fase da inciaitiva. "Estamos abrindo o Museu do Cárcere com a exposição 100 anos de História da Colônia Prisional (1894-1994), resgatando a importância do espaço que abrigou presos políticos importantes da época", ressalta referindo-se a nomes como Orígenes Lessa, Agildo Barata e Graciliano Ramos.

O museu foi montando na área onde funcionava a padaria da Colônia Penal Cândido Mendes, inaugurada em 1938. Todos os elementos remanescentes da antiga padaria, como o forno e as masseiras, foram preservados. Além disso, a exposição mostrará diferentes momentos da penitenciária: de colônia destinada à reabilitação de "bêbados, vadios, vagabundos e capoeiras", até as colônias agrícolas e a penitenciária de segurança máxima. Uma história que ficará aberta à visitação de turistas e, principalmente, da populção, uma vez que visa a estimular os habitantes da Ilha a se reconhecerem como parte integrante da história.

A proposta da UERJ para o Ecomuseu é enfatizar a relação entre a população e o patrimônio tangível (obras e acervos) e intangível (própria natureza), explorando, sobretudo, a integração entre a natureza e as ruínas do antigo presídio da Ilha Grande. O projeto vem sendo desenvolvido há dez anos. No entanto, somente em 2007, ganhou fôlego com a obtenção de financiamento da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) para iniciar o núcleo do Museu do Cárcere.

De acordo com Míriam Sepúlveda, foram R$190 mil que permitiram a construção do Museu do Cárcere. Mas ainda faltam recursos que possibilitem pôr em prática os demais núcleos. " O maior problema é o tempo. O local onde seria o Museu do Meio Ambiente, por exemplo, que é onde ficou Graciliano Ramos, está ruindo", observou a professora. Sem recursos, não há a possibilidade de salvar a estrutura. A expectativa da coordenadora é que o potencial apresentado pela concretização do museu estimule novas parcerias e investimentos.

Fonte: UERJ

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